“Perfect Sense” traz à
tona o romance de um casal em meio a uma epidemia mundial que ameaça roubar os
sentidos de todas as pessoas. Assim, nos faz refletir sobre como seria nossas
vidas sem os cinco sentidos (visão, olfato, tato, paladar e audição). Será que
ainda nos restaria vida?
As epidemias que
aparecem no drama ocasionam perda de sentidos, e com essa ausência o homem
perde as sensações mais básicas e essenciais para sua vida plena. Não que ele
não seja capaz de viver sem algum destes sentidos, muito pelo contrário, o
filme relata, por exemplo, como as pessoas se adaptavam e continuavam suas
vidas mesmo com a ausência de algum sentido. Mas, ao final, sem contar com
nenhum destes, fica a dúvida se a vida seria possível de novas adaptações ou
não.
O primeiro sentido
perdido pelas pessoas é o olfato. O número de contaminados crescia de maneira
extremamente rápida e logo todos estavam reféns do problema. Com essa perda, as
pessoas começam a adaptar sua alimentação. Já que não conseguem mais sentir os
cheiros, enchem as comidas de sal e muito tempero e assim seguem suas vidas
normalmente. Mas, sem o olfato perdemos também a capacidade de associar determinados
odores às mais diversas memórias, visto que estes podem nos remeter á pessoas e
momentos.
A situação vai se
agravando, as pessoas começam a perder os sentidos que restaram. Sem os
sentidos o contato com o exterior fica extremamente restrito, as pessoas acabam
presas a uma existência solitária. O final do filme
chega e os personagens já desprovidos dos cinco sentidos, permanecem apenas com
a razão e seus pensamentos interiores.